03 April, 2007

papanicolau



o Papanicolau.

do Público:
Muitas mulheres não fazem regularmente o exame ginecológico conhecido como teste de Papanicolau, essencial para prevenir o cancro do colo do útero. A falta de preparação dos médicos de família para fazer as colheitas, a negligência e a falta de informação das próprias são apontados como factores explicativos.A partir do momento em que começam a ter relações todas as mulheres deveriam fazer a citologia cervical (estudo das células recolhidas no colo do útero): dois anos seguidos a partir do início da actividade sexual e depois de três em três, assim dita o Plano Nacional Oncológico. Mas continuam a chegar mulheres ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa com diagnóstico da doença que não iam ao médico há muitos mais anos, afirma Henrique Nabais, médico na instituição. (...)
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Esta é uma das carências mais sérias do sistema de saúde português. Os centros de saúde funcionam mal e além de nem todos os médicos de família estarem habilitados a fazer colheitas, conseguir uma consulta em situação de doença já é demasiado penosa para que além disso as mulheres estejam dispostas a perder dias de trabalho para uma consulta de rotina. Reserva-se o tempo e a paciência para quando se estiver doente e não houver outra alternativa. Por outro lado, os hospitais, estão reservados para os casos em que seja detectada patologia. Qual é a alternativa? Um médico ginecologista particular, ao qual a maioria não tem acesso pela simples inexistência, no caso do interior, ou pela falta de recursos económicos. Esta é uma situação grave e inadmissível já que o cancro do colo do útero não é raro, e é completamente tratável se detectado a tempo. É por isso importante que o Estado faculte às mulheres o fácil acesso ao rastreio.

Não existindo rastreios organizados no resto do país, Henrique Nabais não hesita em dizer que "as mulheres que não vão a um consultório privado - uma minoria - andam perdidas".

é verdade, são raras as mulheres que são observadas de forma sistematizada. Muitas vezes por negligência, é certo, mas a negligência é também potenciada pela dificuldade em chegar a um médico. Vale a pena ainda lembrar que o fácil acesso a consultas de ginecologia é importante não só para o rastreio de neoplasias como do tratamento da menopausa e osteoporose, de toda a espécie de doenças transmissíveis e de aconselhamento e planeamento familiar. E na época que atravessamos, nunca fez tanto sentido falar nisso.



Papanicolau

Nos últimos 50 anos a incidência e a mortalidade por carcinoma do colo utero têm vindo a diminuir graças às novas técnicas de rastreio, principalmente o Exame de Papanicolau. Por esse motivo, ele é um dos mais importantes exames para prevenção da saúde da mulher.
É um exame simples, foi criado pelo Dr. George Papanicolau em 1940. O sucesso do teste deve-se ao facto de poder detectar doenças que ocorrem no colo do útero antes do desenvolvimento do cancro. O exame não é somente uma maneira de diagnosticar a doença, mas serve principalmente para determinar o risco de uma mulher a vir a desenvolver. Todas as mulheres que são (ou que tenham sido em algum momento) sexualmente activas devem fazê-lo, anualmente. A frequência será depois estabelecida pelo médico, de acordo com os resultados.
Fatores de risco para o desenvolvimento de carcinoma de colo de útero: início precoce da actividade sexual, número elevado de parceiros sexuais, multiparidade (ter tido vários filhos), antecedentes de doença sexualmente transmissível e falta de higiene pessoal.

Contra Capa

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