01 May, 2009

aí está


Transmissão pessoa-a-pessoa em evolução.
Resta-nos a esperança de que, o facto de ser um virus já conhecido (com algumas alterações) e para o qual já há alguma protecção pela vacina do Inverno passado, torne os casos existentes mais "leves", e que, se detectados precocemente, se tratem com eficácia e a tempo. Existem meios e planos de actuação, é preciso usá-los com tempo e sem alarmismo.
A palavra de ordem é
cortar a corrente dos contactos, evitar as zonas mais afectadas.
evitar aglomerados de pessoas.
recorrer rapidamente a uma instituição de saúde se a suspeita for grande.
Entretanto, foi criado um mapa do Google - por um utilizador, Niman, morador da Pensilvânia, Estados Unidos - que acompanha a evolução da gripe suína em todo o mundo. Até ao momento, o vírus já vitimou cerca de 149 pessoas, todas no México.
O H1N1 Swine Flu Map definiu uma legenda para acompanhar o vírus. A cor rosa é destinada aos casos suspeitos, a roxa para os locais em que a doença já foi confirmada e amarela para os casos negativos.

Quanto a Portugal, aqui ficam as afirmações utilíssimas de Jaime Mina, virologista do Instituto Ricardo Jorge
"Não é uma situação tão grave como a verificada em 1918, que era um vírus completamente novo e não havia nenhuma imunidade cruzada contra ele, e é mais grave do que o vírus do ano passado contra o qual todos tínhamos mais ou menos imunidade", acrescentou.
O virologista admitiu a possibilidade de poderem vir a ser detectados casos de infecção pelo vírus da gripe suína em Portugal, adiantando que o tratamento destes casos pode ser feito com recurso a antivíricos que existem no mercado como o Tamiflu, também usado no tratamento da gripe aviária.
"Se for dado no início o Tamiflu é muito eficaz, daí que Direcção-Geral de Saúde insista para que as pessoas que estão doentes vão rapidamente aos serviços de saúde. Se a pessoa ficar uma semana em casa, o antivírico já não faz nada", acrescentou.
Jaime Nina lembrou que existe "um stock bastante largo" deste medicamento na Direcção-Geral de Saúde para responder a uma eventual emergência.
"No caso de haver uma emergência para além do [Tamiflu] que há no circuito comercial há umas largas dezenas ou centenas de milhares de caixas armazenadas na DGS", disse.
Para já, segundo Jaime Nina a única forma que os médicos têm de distinguir a gripe suína de uma gripe normal é apenas com a informação de que a pessoa em causa esteve numa zona afectada.

O virologista lembrou que "o vírus da gripe não se transmite por via digestiva", sendo seguro continuar a comer carne de porco.
"Aparantemente[o vírus] tem mais apetência pelos humanos que pelos porcos. Está a circular nos seres humanos não há qualquer evidência que esteja a circular nos porcos", disse.
O virologista adiantou ainda que este não é o pior cenário em matéria de gripe, lembrando que a passagem do vírus da gripe das aves, o H5N1, aos seres humanos "seria uma situação muito mais grave" por se tratar de um vírus completamente novo.
"Este não é a as nossas defesas imunitárias, mesmo sem antivíricos, podem defender-se parcialmente", sublinhou.
Lembrou por outro lado, que "a haver um vírus esta é a melhor altura possível" por estarmos no fim da estação da gripe.

"Antes de vir o Verão, altura em que, no hemisfério norte, não há transmissão, o vírus tem muito pouco tempo para se propagar. Depois desaparece de circulação e temos uma série de meses para nos prepararmos e com um bocadinho de sorte em Setembro temos vacinas contra esta estirpe", concluiu.

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