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13 January, 2018
27 March, 2012
Síndrome do Coração Partido. ou Síndrome de Takotsubo.
Pois é....para quem já desconfiava, existe mesmo
Síndrome do Coração Partido. ou Síndrome de Takotsubo. E dói.
->disfunção transitória do ventrículo esquerdo com dor torácica, alterações eletrocardiográficas e liberação discreta de enzimas mimetizando infarto agudo do miocárdio.
Conhecida cientificamente como Acinesia Apical Transitória, sua imagem no cateterismo.
a estimulação simpática exagerada tem sido proposta como um fator central na fisiopatologia. Pacientes com takotsubo têm maiores níveis de catecolaminas que pacientes com infarto com a mesma classe Killip. Diferenças regionais na sensibilidade ou na inervação adrenérgicas devem explicar apresentações clínicas diferentes e alterações segmentares. Finalmente, algumas investigações têm sugerido que o espessamento septal é um fator primordial na fisiopatologia da síndrome pela divisão do ventrículo esquerdo, o que resulta em balonamendo no ápice, promovendo um disparo secundário para liberação adrenérgica.
Os sintomas simulam um infarto agudo do miocárdio com dor no peito, menos intensa que o habitual, com alterações no eletrocardiograma e nas enzimas cardíacas. O ecocardiograma e a cinecoronariografia selam o diagnóstico, já que as artérias coronárias apresentam-se sempre normais, sem obstruções.
A reversibilidade da alteração contrátil do VE e a ausência de coronariopatia obstrutiva significativa são os aspectos marcantes para o diagnóstico, sendo que, em média, até o 18º dia do início dos sintomas observa-se o total restabelecimento da função ventricular, com variação de 3 a 50 dias.
Síndrome do Coração Partido. ou Síndrome de Takotsubo. E dói.
->disfunção transitória do ventrículo esquerdo com dor torácica, alterações eletrocardiográficas e liberação discreta de enzimas mimetizando infarto agudo do miocárdio.
Conhecida cientificamente como Acinesia Apical Transitória, sua imagem no cateterismo.
a estimulação simpática exagerada tem sido proposta como um fator central na fisiopatologia. Pacientes com takotsubo têm maiores níveis de catecolaminas que pacientes com infarto com a mesma classe Killip. Diferenças regionais na sensibilidade ou na inervação adrenérgicas devem explicar apresentações clínicas diferentes e alterações segmentares. Finalmente, algumas investigações têm sugerido que o espessamento septal é um fator primordial na fisiopatologia da síndrome pela divisão do ventrículo esquerdo, o que resulta em balonamendo no ápice, promovendo um disparo secundário para liberação adrenérgica.
Os sintomas simulam um infarto agudo do miocárdio com dor no peito, menos intensa que o habitual, com alterações no eletrocardiograma e nas enzimas cardíacas. O ecocardiograma e a cinecoronariografia selam o diagnóstico, já que as artérias coronárias apresentam-se sempre normais, sem obstruções.
A reversibilidade da alteração contrátil do VE e a ausência de coronariopatia obstrutiva significativa são os aspectos marcantes para o diagnóstico, sendo que, em média, até o 18º dia do início dos sintomas observa-se o total restabelecimento da função ventricular, com variação de 3 a 50 dias.
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Síndrome de Takotsubo.,
Síndrome do Coração Partido
22 February, 2012
Ervas aromáticas, "as amigas dos médicos e o elogio dos cozinheiros",
Ervas aromáticas: Novos aromas, mais sabor e propriedades terapêuticas
Cláudia Pinto
Têm uma carga histórica imponente mas nem todas as pessoas conhecem os seus reais benefícios. As ervas aromáticas são detentoras de propriedades que contribuem para prevenir algumas doenças e para promover a saúde em geral. Graça Raimundo, presidente da Associação Portuguesa de Dietistas (APD) explica-lhe como comprar ervas aromáticas de maior qualidade, sublinha as vantagens do seu consumo diário e ainda sugere uma receita fácil de preparar!
As ervas aromáticas têm sido amplamente utilizadas ao longo da história, tanto para fins culinários, como medicinais, ou até pelas suas propriedades conservantes. Os Sumérios, em 5000 a.C. usavam o tomilho pelas suas propriedades medicinais. No século IX, o Imperador Carlos Magno defendia que "as ervas aromáticas são o amigo dos médicos e os elogios dos cozinheiros", sugerindo precisamente a sua duplicidade de acções. "É reconhecida de longa data a relação entre a utilização das ervas aromáticas e o conceito de saúde, podendo ser consideradas uns dos primeiros alimentos funcionais", esclarece Graça Raimundo, dietista.
A utilização diária de ervas aromáticas na alimentação associa-se a vários benefícios. "Encorajam a diversificação na ingestão de alimentos, incentivando novas escolhas alimentares. A confecção de hortícolas, por exemplo, poderá beneficiar substancialmente, tornando-se muito mais apetitosa aquando da utilização de ervas aromáticas", defende a dietista. Além disso, estimulam o apetite ao aumentarem o sabor e aroma dos pratos. "Favorecem os métodos de confecção que pressupõem a utilização de uma quantidade reduzida de gorduras, além de aumentarem a biodisponibilidade de nutrientes e outros componentes biologicamente activos, tais como antioxidantes, verificando-se um efeito sinergético", adianta Graça Raimundo. As ervas aromáticas têm ainda o mérito de proporcionar uma diminuição do aporte de sódio, sendo uma excelente alternativa à adição de sal como tempero, "muito útil para os doentes com hipertensão, insuficiência cardíaca e insuficiência renal". Além de todas estas vantagens, diminuem os gases intestinais, facilitam a digestão e favorecem a conservação dos alimentos, como no caso do tomilho.
Graça Raimundo diz-nos ainda que as ervas aromáticas "apresentam contributos ao nível da saúde cardiovascular e metabólica, do envelhecimento saudável, na prevenção do cancro, na saúde mental e na cognição, dado o seu teor em antioxidantes e outros compostos bioactivos".
Como comprar?
No momento da compra devem escolher-se sempre as mais frescas e com aroma. "Se tiverem um caule curto, envolva-o em papel absorvente humedecido e guarde-as dentro de um saco de plástico no frigorífico de modo a que se conservem alguns dias", sugere a presidente da APD.
As ervas aromáticas frescas deverão ser armazenadas no frigorífico em embalagens de plástico parcialmente abertas e embrulhadas em pano ou papel, podendo deste modo prevenir o desenvolvimento microbiológico nas folhas. "Algumas plantas, como são oriundas de países com climas quentes poderão também ser conservadas com os seus caules mergulhados em água. As ervas aromáticas poderão ainda ser congeladas, podendo, no entanto, sofrer agressões por parte dos cristais de gelo, escurecendo e perdendo algum do seu poder aromático; e, finalmente, poderão ser submersas em óleo, de modo a minimizar a exposição ao oxigénio, sendo conservadas no frigorífico", esclarece Graça Raimundo.
Cláudia Pinto
Têm uma carga histórica imponente mas nem todas as pessoas conhecem os seus reais benefícios. As ervas aromáticas são detentoras de propriedades que contribuem para prevenir algumas doenças e para promover a saúde em geral. Graça Raimundo, presidente da Associação Portuguesa de Dietistas (APD) explica-lhe como comprar ervas aromáticas de maior qualidade, sublinha as vantagens do seu consumo diário e ainda sugere uma receita fácil de preparar!
As ervas aromáticas têm sido amplamente utilizadas ao longo da história, tanto para fins culinários, como medicinais, ou até pelas suas propriedades conservantes. Os Sumérios, em 5000 a.C. usavam o tomilho pelas suas propriedades medicinais. No século IX, o Imperador Carlos Magno defendia que "as ervas aromáticas são o amigo dos médicos e os elogios dos cozinheiros", sugerindo precisamente a sua duplicidade de acções. "É reconhecida de longa data a relação entre a utilização das ervas aromáticas e o conceito de saúde, podendo ser consideradas uns dos primeiros alimentos funcionais", esclarece Graça Raimundo, dietista.
A utilização diária de ervas aromáticas na alimentação associa-se a vários benefícios. "Encorajam a diversificação na ingestão de alimentos, incentivando novas escolhas alimentares. A confecção de hortícolas, por exemplo, poderá beneficiar substancialmente, tornando-se muito mais apetitosa aquando da utilização de ervas aromáticas", defende a dietista. Além disso, estimulam o apetite ao aumentarem o sabor e aroma dos pratos. "Favorecem os métodos de confecção que pressupõem a utilização de uma quantidade reduzida de gorduras, além de aumentarem a biodisponibilidade de nutrientes e outros componentes biologicamente activos, tais como antioxidantes, verificando-se um efeito sinergético", adianta Graça Raimundo. As ervas aromáticas têm ainda o mérito de proporcionar uma diminuição do aporte de sódio, sendo uma excelente alternativa à adição de sal como tempero, "muito útil para os doentes com hipertensão, insuficiência cardíaca e insuficiência renal". Além de todas estas vantagens, diminuem os gases intestinais, facilitam a digestão e favorecem a conservação dos alimentos, como no caso do tomilho.
Graça Raimundo diz-nos ainda que as ervas aromáticas "apresentam contributos ao nível da saúde cardiovascular e metabólica, do envelhecimento saudável, na prevenção do cancro, na saúde mental e na cognição, dado o seu teor em antioxidantes e outros compostos bioactivos".
Como comprar?
No momento da compra devem escolher-se sempre as mais frescas e com aroma. "Se tiverem um caule curto, envolva-o em papel absorvente humedecido e guarde-as dentro de um saco de plástico no frigorífico de modo a que se conservem alguns dias", sugere a presidente da APD.
As ervas aromáticas frescas deverão ser armazenadas no frigorífico em embalagens de plástico parcialmente abertas e embrulhadas em pano ou papel, podendo deste modo prevenir o desenvolvimento microbiológico nas folhas. "Algumas plantas, como são oriundas de países com climas quentes poderão também ser conservadas com os seus caules mergulhados em água. As ervas aromáticas poderão ainda ser congeladas, podendo, no entanto, sofrer agressões por parte dos cristais de gelo, escurecendo e perdendo algum do seu poder aromático; e, finalmente, poderão ser submersas em óleo, de modo a minimizar a exposição ao oxigénio, sendo conservadas no frigorífico", esclarece Graça Raimundo.
Receita sugerida por Graça Raimundo. Quer experimentar? Borrego no forno com ervas aromáticas
- Comprar uma perna de borrego bem limpa de gorduras e peles.
- Barrar com uma mistura de salsa picada, e azeite.
- Colocar num tabuleiro e cobrir com uma cabeça de alhos esmurrados com pele, com uma pernada de alecrim e 3 folhas de louro.
- Reservar no frigorífico 24 horas.
- Depois, salpicar com sal marinho, pimenta preta moída na altura, e levar ao forno a uma temperatura de 90ºC, durante 3 horas. Mantenha-o coberto com folha de papel de alumínio.
- Ao fim desse tempo, aumentar o calor para 200ºC e borrifar com um pouco de vinho do Porto e deixar mais 30 minutos com o papel.
- Posteriormente, deve retirar o papel de alumínio, juntar e assar umas batatas pequenas.
- Deitar sempre o molho que se formou por cima até acabar de cozinhar.
- Servir com uma salada verde.
Propriedades das ervas aromáticas
- Eupéptica (estimulam os processos digestivos e facilitam a digestão) - alcaparras, louro, salva, alecrim, salsa, manjericão, tomilho, cominho e segurelha;
- Carminativas (evitam ou reduzem a produção de gases intestinais) - funcho, louro, tomilho, orégão e segurelha;
- Antisépticas (inibem o crescimento dos microrganismos) - alho, salva e tomilho.
Utilização adequada
O convite para novas experiências gastronómicas está feito. "Através da sua utilização, obtêm-se pratos apetecíveis e saborosos, originais e apelativos", diz-nos Graça Raimundo.
As ervas aromáticas frescas devem ser preparadas imediatamente antes da sua utilização.
Podem ser usadas para temperar e marinar os alimentos, adicionadas durante e no final da confecção, o que nos permite obter o máximo do seu sabor e aroma.
As ervas aromáticas secas/desidratadas podem ser adicionadas em qualquer momento da confecção.
A trituração/corte das ervas aromáticas aumenta a libertação do seu aroma.
Regra geral, aconselha-se a adição de uma quantidade modesta de ervas aromáticas.
Delicie-se com a sua utilização e obtenha pratos mais saborosos e saudáveis.
15 February, 2012
15 January, 2012
Rouquidão, porquê?
Rouquidão: Antes que a voz me doa
Quando algo não funciona bem na laringe, a voz fica rouca. A laringe é um conjunto de cartilagens, músculos e membranas mucosas que acomoda as cordas vocais. Se observadas de cima, as cordas direita e esquerda apresentam-se como uma estrutura em forma de «V», que abre para a traqueia. No fundo da traqueia, de cada lado, cada corda vocal está ligada a uma pequena cartilagem - a cartilagem aritenóide, à qual estão igualmente ligados pequenos músculos.
O controlo desses músculos é efectuado por dois ramos do nervo vago: o nervo laríngico recorrente e o nervo laríngico superior. Estes dois ramos são muito vulneráveis a ferimentos causados por pancadas, cirurgias ou outras causas. Se tal acontece, pode ocorrer a paralisia das cordas vocais, o que leva à rouquidão e outros sintomas associados a problemas do nervo laríngico.
A fonação é um processo complexo que produz o som da fala - as cordas vocais juntam-se no centro da laringe por intermédio dos músculos ligados às cartilagens aritenóides.
Assim, em condições normais, as cordas abrem-se e fecham-se suavemente, formando sons através dos seus movimentos vibratórios, mas quando o ar se escapa entre as ditas cordas, a voz ressente-se. Assim, as cordas vocais são sujeitas a forças elevadas pelo que são vulneráveis ao uso excessivo ou inadequado da voz.
Os factores que originam essa disfunção variam. Por exemplo, falar ou cantar muito alto ou por muito tempo pode resultar numa laringite, situação em que as cordas vocais ficam inflamadas ou irritadas e incham, provocando a rouquidão. O excesso frequente do uso das cordas vocais pode provocar danos ou a aparição de nódulos nas cordas vocais, o que provoca a rouquidão. Em suma, cansaço. Mas também uma doença como uma simples constipação pode originar uma laringite.
O abuso das cordas vocais pode estar na origem do desenvolvimento de pólipos - pequenas excrescências na membrana da mucosa - que interferem no movimento normal das cordas vocais, provocando rouquidão.
Fumar pode dar azo a uma inflamação crónica das cordas vocais, mas também à formação de nódulos que poderão em alguns casos tornar-se cancerígenos.
Daí que um fumador com rouquidão permanente deva consultar o médico para afastar situações mais complicadas, Outra causa da rouquidão poderá ser a subida do ácido do estômago, por vezes até à boca, irritando tudo no seu caminho, incluindo as cordas vocais.
Quando a rouquidão se prolonga para lá de duas ou três semanas, há que consultar um médico, e o mesmo devemos fazer quando a rouquidão surge associada a hemorragias, dificuldade em engolir, respirar ou se detecta algum nódulo estranho na garganta.
Nestes casos, o tempo escasseia, pois a voz rouca pode sinalizar algo mais grave, incluindo o cancro da laringe.
Nas afecções ligeiras provocadas pelo cansaço ou infecções respiratórias, o descanso é o único tratamento necessário. Quando surgem pólipos, a respectiva extracção resolve o problema; e se resulta de um afrouxamento das cordas vocais, uma intervenção cirúrgica pode torná-las mais tensas.
Recomendações
• Evite o fumo do tabaco.
• Evite falar muito alto e durante muito tempo.
• Evite o álcool e a cafeína, que desidratam o organismo, tornando a garganta mais seca.
• Beba muita água.
• Evite as comidas muito picantes.
• Evite cochichar, que exige ainda maior força das cordas vocais do que a fala normal.
• Inale vapor durante alguns minutos antes de se deitar. Enquanto dormir, faça funcionar um humidificador no seu quarto.
• Chupe rebuçados, de preferência sem açúcar, gargareje com água salgada ou masque uma pastilha para manter a garganta húmida.
• Evite clarificar a garganta e pigarrear, porque provoca vibrações anormais das cordas vocais, ao mesmo tempo que pode aumentar um eventual inchaço.
O controlo desses músculos é efectuado por dois ramos do nervo vago: o nervo laríngico recorrente e o nervo laríngico superior. Estes dois ramos são muito vulneráveis a ferimentos causados por pancadas, cirurgias ou outras causas. Se tal acontece, pode ocorrer a paralisia das cordas vocais, o que leva à rouquidão e outros sintomas associados a problemas do nervo laríngico.
A fonação é um processo complexo que produz o som da fala - as cordas vocais juntam-se no centro da laringe por intermédio dos músculos ligados às cartilagens aritenóides.
Assim, em condições normais, as cordas abrem-se e fecham-se suavemente, formando sons através dos seus movimentos vibratórios, mas quando o ar se escapa entre as ditas cordas, a voz ressente-se. Assim, as cordas vocais são sujeitas a forças elevadas pelo que são vulneráveis ao uso excessivo ou inadequado da voz.
Os factores que originam essa disfunção variam. Por exemplo, falar ou cantar muito alto ou por muito tempo pode resultar numa laringite, situação em que as cordas vocais ficam inflamadas ou irritadas e incham, provocando a rouquidão. O excesso frequente do uso das cordas vocais pode provocar danos ou a aparição de nódulos nas cordas vocais, o que provoca a rouquidão. Em suma, cansaço. Mas também uma doença como uma simples constipação pode originar uma laringite.
O abuso das cordas vocais pode estar na origem do desenvolvimento de pólipos - pequenas excrescências na membrana da mucosa - que interferem no movimento normal das cordas vocais, provocando rouquidão.
Fumar pode dar azo a uma inflamação crónica das cordas vocais, mas também à formação de nódulos que poderão em alguns casos tornar-se cancerígenos.
Daí que um fumador com rouquidão permanente deva consultar o médico para afastar situações mais complicadas, Outra causa da rouquidão poderá ser a subida do ácido do estômago, por vezes até à boca, irritando tudo no seu caminho, incluindo as cordas vocais.
Quando a rouquidão se prolonga para lá de duas ou três semanas, há que consultar um médico, e o mesmo devemos fazer quando a rouquidão surge associada a hemorragias, dificuldade em engolir, respirar ou se detecta algum nódulo estranho na garganta.
Nestes casos, o tempo escasseia, pois a voz rouca pode sinalizar algo mais grave, incluindo o cancro da laringe.
Nas afecções ligeiras provocadas pelo cansaço ou infecções respiratórias, o descanso é o único tratamento necessário. Quando surgem pólipos, a respectiva extracção resolve o problema; e se resulta de um afrouxamento das cordas vocais, uma intervenção cirúrgica pode torná-las mais tensas.
Recomendações
• Evite o fumo do tabaco.
• Evite falar muito alto e durante muito tempo.
• Evite o álcool e a cafeína, que desidratam o organismo, tornando a garganta mais seca.
• Beba muita água.
• Evite as comidas muito picantes.
• Evite cochichar, que exige ainda maior força das cordas vocais do que a fala normal.
• Inale vapor durante alguns minutos antes de se deitar. Enquanto dormir, faça funcionar um humidificador no seu quarto.
• Chupe rebuçados, de preferência sem açúcar, gargareje com água salgada ou masque uma pastilha para manter a garganta húmida.
• Evite clarificar a garganta e pigarrear, porque provoca vibrações anormais das cordas vocais, ao mesmo tempo que pode aumentar um eventual inchaço.
11 December, 2011
A Evolução das curvaturas
Porque temos problemas de coluna?
Rui Garganta
São vários os motivos que nos levam a ter problemas de coluna. Porventura, o mais importante está relacionado com a sua constituição.
Vejamos então: a coluna vertebral é formada por um conjunto de ossos sobrepostos que possuem, entre si, um anel fibroso que se designa por disco intervertebral. Este disco permite que a coluna realize uma série de movimentos, no entanto, tal como referimos no nº 2 desta revista (Dores de coluna quem as não tem?), a pressão sobre ele varia significativamente em função da posição do corpo.
Para além disso, podemos observar que a coluna é formada por várias curvaturas que se vão alternando para dentro (lordose) e para fora (cifose): a do pescoço (lordose), a das costas (cifose), a da zona lombar (lordose) e a da zona da anca (cifose).
A sua mobilização é feita por mais de 200 músculos que formam uma rede complexa e que permitem realizar movimentos em vários eixos e planos. Tal quantidade e complexidade confirmam a importância da componente muscular, isto é, se os músculos fossem pouco importantes não havia necessidade de serem tantos.
É importante salientar que a coluna vertebral do ser humano tem uma estrutura semelhante (número de ossos, músculos e articulações) à dos quadrúpedes (animais que se deslocam em quatro patas). Apesar disso, estes não têm problemas.
A sua grande vantagem é o facto da sua coluna não ter a pressão vertical resultante da posição bípede (de pé) e estar suportada por mais dois apoios, os quais distribuem melhor a carga sobre ela.
Esta problemática talvez seja mais fácil de entender a partir do conhecimento da sua "evolução": enquanto espécie (do quadrúpede ao bípede) e como homem (do nascimento à idade adulta).
Rui Garganta
São vários os motivos que nos levam a ter problemas de coluna. Porventura, o mais importante está relacionado com a sua constituição.
Vejamos então: a coluna vertebral é formada por um conjunto de ossos sobrepostos que possuem, entre si, um anel fibroso que se designa por disco intervertebral. Este disco permite que a coluna realize uma série de movimentos, no entanto, tal como referimos no nº 2 desta revista (Dores de coluna quem as não tem?), a pressão sobre ele varia significativamente em função da posição do corpo.
Para além disso, podemos observar que a coluna é formada por várias curvaturas que se vão alternando para dentro (lordose) e para fora (cifose): a do pescoço (lordose), a das costas (cifose), a da zona lombar (lordose) e a da zona da anca (cifose).
A sua mobilização é feita por mais de 200 músculos que formam uma rede complexa e que permitem realizar movimentos em vários eixos e planos. Tal quantidade e complexidade confirmam a importância da componente muscular, isto é, se os músculos fossem pouco importantes não havia necessidade de serem tantos.
É importante salientar que a coluna vertebral do ser humano tem uma estrutura semelhante (número de ossos, músculos e articulações) à dos quadrúpedes (animais que se deslocam em quatro patas). Apesar disso, estes não têm problemas.
A sua grande vantagem é o facto da sua coluna não ter a pressão vertical resultante da posição bípede (de pé) e estar suportada por mais dois apoios, os quais distribuem melhor a carga sobre ela.
Esta problemática talvez seja mais fácil de entender a partir do conhecimento da sua "evolução": enquanto espécie (do quadrúpede ao bípede) e como homem (do nascimento à idade adulta).
"Evolução" das curvaturas
Antes de avançarmos com alguns pormenores, importa referir que a posição de marcha vertical é uma característica exclusiva do ser humano. As drásticas modificações decorrentes da passagem à posição bípede acarretaram consigo um conjunto de alterações que passamos a apresentar.
Nos animais quadrúpedes, a coluna vertebral apresenta apenas duas curvaturas: a do pescoço ou cervical (lordose, como no ser humano, mas menos acentuada) e a dorso-lombar, que forma uma cifose. A carga sobre ela está dividida por quatro apoios (2 mãos e 2 pés) e não existe grande mobilidade cervical, visto que os ossos do pescoço são bem mais largos e resistentes do que os do ser humano. Os quadrúpedes, quando andam, procuram ter, pelo menos, três apoios no chão, o que facilita imenso o equilíbrio e reduz, em muito, a carga sobre a coluna.
Com a posição bípede, adquirida há cerca de 4,5 milhões de anos, parte das referidas características foram perdidas e outras adquiridas. Perdemos, por exemplo, alguma da estabilidade na marcha e um pouco de equilíbrio. Por outro lado, adquirimos maior alcance, visto que os membros superiores livres nos permitem realizar um conjunto de tarefas sofisticadas, mesmo em movimento. Adquirimos também um campo de visão mais alargado, pois estamos num plano mais elevado e a cabeça move-se com maior amplitude e facilidade que nos quadrúpedes.
Do nascimento à idade adulta
Na barriga da mãe, o feto está enrolado sobre si mesmo e, por isso, a coluna vertebral tem a forma de um "C". Depois de o bebé nascer, e quando começa a gatinhar, forma-se outra curvatura, a da região do pescoço ou lordose cervical.
Esta consolida-se quando a criança consegue sentar-se, gatinhar e estender o pescoço para olhar em frente. A curvatura lombar (lordose) começa a desenvolver-se quando a criança dá os primeiros passos, e torna-se definitiva por volta dos 10 anos de idade.
Pensamos que agora é um pouco mais fácil compreender por que motivo os principais problemas de coluna se situam nas regiões cervical e lombar. Estas curvaturas, as lordoses, não são de "origem", transformaram-se no processo de "evolução" filogenética e alteram-se na evolução ontogenética. Como, em termos de evolução, são as curvaturas "mais recentes" as que apresentam um maior afastamento entre os corpos vertebrais e as que permitem uma maior mobilidade, sendo, por isso, mais propensas a lesões.
Por exemplo, a lordose cervical suporta e mobiliza a cabeça, cujo peso representa cerca de 9% do peso total do corpo. Permite também rotações com uma grande amplitude, aproximadamente 180 graus, para se poder olhar para o lado. Por sua vez, a lordose lombar, curvatura do fundo das costas, tem como missão compensar a curvatura torácica (da região do peito) e suportar todo o peso da parte superior do tronco e braços.
Esta região suporta cerca de 50% de todo o peso do corpo. A título de curiosidade podemos referir que um ser humano de 70 Kg "carrega" cerca de 35 Kg na 3ª vértebra lombar.
Por fim resta-nos referir que se não tiver cuidados diários com a sua coluna, ela tem muitas razões para lhe provocar problemas. Faça exercício físico para que os músculos não deixem de fazer a sua função.
Rui Garganta Professor universitário
Antes de avançarmos com alguns pormenores, importa referir que a posição de marcha vertical é uma característica exclusiva do ser humano. As drásticas modificações decorrentes da passagem à posição bípede acarretaram consigo um conjunto de alterações que passamos a apresentar.
Nos animais quadrúpedes, a coluna vertebral apresenta apenas duas curvaturas: a do pescoço ou cervical (lordose, como no ser humano, mas menos acentuada) e a dorso-lombar, que forma uma cifose. A carga sobre ela está dividida por quatro apoios (2 mãos e 2 pés) e não existe grande mobilidade cervical, visto que os ossos do pescoço são bem mais largos e resistentes do que os do ser humano. Os quadrúpedes, quando andam, procuram ter, pelo menos, três apoios no chão, o que facilita imenso o equilíbrio e reduz, em muito, a carga sobre a coluna.
Com a posição bípede, adquirida há cerca de 4,5 milhões de anos, parte das referidas características foram perdidas e outras adquiridas. Perdemos, por exemplo, alguma da estabilidade na marcha e um pouco de equilíbrio. Por outro lado, adquirimos maior alcance, visto que os membros superiores livres nos permitem realizar um conjunto de tarefas sofisticadas, mesmo em movimento. Adquirimos também um campo de visão mais alargado, pois estamos num plano mais elevado e a cabeça move-se com maior amplitude e facilidade que nos quadrúpedes.
Do nascimento à idade adulta
Na barriga da mãe, o feto está enrolado sobre si mesmo e, por isso, a coluna vertebral tem a forma de um "C". Depois de o bebé nascer, e quando começa a gatinhar, forma-se outra curvatura, a da região do pescoço ou lordose cervical.
Esta consolida-se quando a criança consegue sentar-se, gatinhar e estender o pescoço para olhar em frente. A curvatura lombar (lordose) começa a desenvolver-se quando a criança dá os primeiros passos, e torna-se definitiva por volta dos 10 anos de idade.
Pensamos que agora é um pouco mais fácil compreender por que motivo os principais problemas de coluna se situam nas regiões cervical e lombar. Estas curvaturas, as lordoses, não são de "origem", transformaram-se no processo de "evolução" filogenética e alteram-se na evolução ontogenética. Como, em termos de evolução, são as curvaturas "mais recentes" as que apresentam um maior afastamento entre os corpos vertebrais e as que permitem uma maior mobilidade, sendo, por isso, mais propensas a lesões.
Por exemplo, a lordose cervical suporta e mobiliza a cabeça, cujo peso representa cerca de 9% do peso total do corpo. Permite também rotações com uma grande amplitude, aproximadamente 180 graus, para se poder olhar para o lado. Por sua vez, a lordose lombar, curvatura do fundo das costas, tem como missão compensar a curvatura torácica (da região do peito) e suportar todo o peso da parte superior do tronco e braços.
Esta região suporta cerca de 50% de todo o peso do corpo. A título de curiosidade podemos referir que um ser humano de 70 Kg "carrega" cerca de 35 Kg na 3ª vértebra lombar.
Por fim resta-nos referir que se não tiver cuidados diários com a sua coluna, ela tem muitas razões para lhe provocar problemas. Faça exercício físico para que os músculos não deixem de fazer a sua função.
Rui Garganta Professor universitário
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Coluna Vertebral- A Evolução das curvaturas
Retinopatia diabética
Visão e diabetes: Retinopatia diabética pode ser evitada
Dr. José Henriques
É uma complicação ocular que surge nos diabéticos e a principal causa de cegueira evitável entre os 20 e os 64 anos. É por isso muito importante a realização de exames oftalmológicos a todos os diabéticos, pelo menos, uma vez por ano. Conheça melhor a retinopatia diabética.
O que é a retinopatia diabética (RD)?
A retinopatia diabética é uma complicação ocular da diabetes.
Os vasos sanguíneos da retina, uma camada constituída por células nervosas que reveste o interior do globo ocular ficam frágeis, rompem-se e provocam hemorragias com perda súbita da visão. É a chamada retinopatia diabética proliferativa.
Os vasos sanguíneos mais pequenos, os capilares, ao ficarem "doentes" permitem a passagem de sangue para o exterior. A retina fica "inchada" nesse local, e o doente começa a perder a visão lenta e irremediavelmente, se não tratado. É o chamado edema macular diabético.
Ambas as situações são denominadas de retinopatia diabética, que geralmente afecta os dois olhos. Se não forem tratadas a tempo, conduzem à cegueira.
O que é que sente o doente com retinopatia diabética?
Os sinais e sintomas da retinopatia diabética (RD) variam dependendo do estádio da doença.
Inicialmente não há qualquer sintoma. A doença evolui de forma silenciosa e o doente não se apercebe do risco que corre. Pode mesmo ter muito boa visão e estar em risco iminente de cegueira. Por isso, a acuidade visual, ou seja, a medição da sua visão, não deve ser usada, isoladamente, para o rastreio da RD, e daí a importância de os diabéticos consultarem o oftalmologista regularmente. No entanto, além de outros sintomas provocados pela RD, como já referimos, poderão surgir: visão enevoada, que impede de ver televisão, conhecer as pessoas a uma certa distância, ou ler; visão com manchas, "moscas volantes" e "flashes"; ou perda súbita de visão por hemorragia súbita dentro do olho.
Quem pode desenvolver a retinopatia diabética?
Todas as pessoas com diabetes, tipo 1 e tipo 2, podem desenvolver retinopatia diabética alguns anos após o início da doença. Daí a importância de todos os doentes realizarem, pelo menos uma vez por ano, o exame aos seus olhos.
As mulheres grávidas diabéticas também deverão ser sujeitas a exames aos olhos, o mais cedo possível e, posteriormente, de 3 em 3 meses.
Dr. José Henriques
É uma complicação ocular que surge nos diabéticos e a principal causa de cegueira evitável entre os 20 e os 64 anos. É por isso muito importante a realização de exames oftalmológicos a todos os diabéticos, pelo menos, uma vez por ano. Conheça melhor a retinopatia diabética.
O que é a retinopatia diabética (RD)?
A retinopatia diabética é uma complicação ocular da diabetes.
Os vasos sanguíneos da retina, uma camada constituída por células nervosas que reveste o interior do globo ocular ficam frágeis, rompem-se e provocam hemorragias com perda súbita da visão. É a chamada retinopatia diabética proliferativa.
Os vasos sanguíneos mais pequenos, os capilares, ao ficarem "doentes" permitem a passagem de sangue para o exterior. A retina fica "inchada" nesse local, e o doente começa a perder a visão lenta e irremediavelmente, se não tratado. É o chamado edema macular diabético.
Ambas as situações são denominadas de retinopatia diabética, que geralmente afecta os dois olhos. Se não forem tratadas a tempo, conduzem à cegueira.
O que é que sente o doente com retinopatia diabética?
Os sinais e sintomas da retinopatia diabética (RD) variam dependendo do estádio da doença.
Inicialmente não há qualquer sintoma. A doença evolui de forma silenciosa e o doente não se apercebe do risco que corre. Pode mesmo ter muito boa visão e estar em risco iminente de cegueira. Por isso, a acuidade visual, ou seja, a medição da sua visão, não deve ser usada, isoladamente, para o rastreio da RD, e daí a importância de os diabéticos consultarem o oftalmologista regularmente. No entanto, além de outros sintomas provocados pela RD, como já referimos, poderão surgir: visão enevoada, que impede de ver televisão, conhecer as pessoas a uma certa distância, ou ler; visão com manchas, "moscas volantes" e "flashes"; ou perda súbita de visão por hemorragia súbita dentro do olho.
Quem pode desenvolver a retinopatia diabética?
Todas as pessoas com diabetes, tipo 1 e tipo 2, podem desenvolver retinopatia diabética alguns anos após o início da doença. Daí a importância de todos os doentes realizarem, pelo menos uma vez por ano, o exame aos seus olhos.
As mulheres grávidas diabéticas também deverão ser sujeitas a exames aos olhos, o mais cedo possível e, posteriormente, de 3 em 3 meses.
Como saber se a diabetes já lesou os olhos?
A melhor forma de diagnosticar a retinopatia diabética passa pela realização de exames simples que permitam detectar lesões que possam ser tratadas atempadamente, identificando os diabéticos em risco de cegueira.
A avaliação com a pupila dilatada, realizada a todos os doentes diabéticos,pelo menos uma vez por ano, efectuada pelo médico oftalmologista, complementada ou não pelos exames referidos anteriormente, permite saber se há risco de cegueira e qual a necessidade e urgência do tratamento.
A detecção precoce da retinopatia diabética deverá ser realizada por quem?
A detecção precoce da RD deverá ser realizada pelos oftalmologistas, agentes de saúde vocacionados para cuidar da saúde da visão em Portugal, ou por ortoptistas - técnicos de saúde da visão que trabalham sob a coordenação dos médicos oftalmologistas e que realizam retinografias - fotografias do fundo do olho que serão depois avaliadas por médicos oftalmologistas especialmente treinados para fazer esta avaliação.
Deverá existir uma grande ligação e um canal de comunicação entre o oftalmologista e o médico de família. Os médicos de família têm um papel fundamental na informação e motivação do doente para a necessidade do diagnóstico e do tratamento precoces, antes que haja baixa da visão, bem como do controlo da glicemia, da pressão arterial e do colesterol.
É rentável investir na prevenção da RD?
A prevenção da RD é o maior investimento que cada diabético poderá fazer na saúde dos seus olhos, e para reduzir, a longo prazo, o risco de perda da visão, dado que a perda da qualidade de vida, do indivíduo e da família, relacionada com a baixa da visão que a RD provoca, é muito acentuada.
Como tratar a retinopatia diabética?
O tratamento da RD, além das medidas gerais já referidas, assenta no tratamento laser, combinado, se necessário, com outras medidas, como corticóides locais, medicamentos anti-VEGF ou cirurgia do vítreo e retina.
Dr. José Henriques, Médico oftalmologista do Instituto Gama Pinto, presidente da Sociedade Portuguesa Interdisciplinar do Laser Médico
12 July, 2011
lábios- cuide bem deles
Muita gente se preocupa com a protecção da pele com o uso de fotoprotectores e hidratantes, o que é excelente, mas, algumas vezes, só nos lembramos dos lábios quando os sentimos ressequidos e gretados.
Os lábios são compostos por um tecido que faz a transição entre a mucosa da boca e a pele, com abundante musculatura e vascularização- o que lhe dá a cor vermelha- , revestidos por uma fina camada epidérmica, e que por isso, apresentam vulnerabilidades superiores às da pele. Por exemplo, ao contrário da pele, não apresentam glândulas sebáceas que os protejam com uma camada de gordura, não têm glândulas sudoriparas que os humedeçam - a hidratação é feita com a própria saliva-, não têm melanina que os proteja dos raios ultra violeta. Isto, obviamente, para dizer que os lábios merecem atenção especial se quisermos evitar aquele aspecto seco, desidratado, rugoso, às vezes gretado e desconfortável.
Posto isto......a palavra de ordem para os lábios em época de temperaturas extremas, tanto no frio como no calor, portanto, é usar e abusar dos batons. Neste caso, as mulheres já levam vantagem, espero, mas, os homens também têm ao seu dispor produtos hidratantes para lábios. É simples: um baton hidratante que todas as farmácias vendem e que não dão brilho nem cor, nem têm cheiro ou sabor. Uma coisa importante: Este tipo de hidratantes, aplicam-se não só no lábio propriamente dito, mas ao redor da boca para atingir a zona onde normalmente se formam aqueles vincos horriveis a que "simpaticamente" chamamos "codigo de barras". É uma boa forma de o evitar. literalmente besuntar a boca e região circundante com hidratante para lábios. se não se sentir confortável com esta aplicação durante o dia, faça-o à noite. Mas faça. Uns lábios macios e hidratados, bem.........fazem a diferença. Verdade?
Varizes- mais do que estética, um problema de saúde e bem estar.
Estamos na época do calor e, se para uns este facto constitui motivo de descanso convertido em longos dias deitados ao sol, para outros, nomeadamente aqueles que sofrem de insuficiência venosa dos membros inferiores objectivada através de dilatações venosas a que chamamos varizes, para esses, os dias de calor podem ser verdadeiros suplícios além das consequências para a saúde. As varizes são um problema crónico, com tendência hereditária, e que depois de instaladas são motivo de sofrimento, quer pelo desconforto, quer pela repercussão estética, ou mesmo, pela necessidade de tratamentos periódicos mais ou menos perturbadores da rotina diária. Não há uma cura, há um controlo da situação. Posto isto, torna-se obvia a necessidade de evitar o problema e existem, de facto, algumas medidas preventivas que podem ser utilizadas pelas pessoas com tendência familiar ou com actividades que favoreçam o seu aparecimento.
Em primeiro lugar, o que são varizes?
Varizes são dilatações das veias, principalmente das pernas e coxas, que, em consequência dessa dilatação se tornam tortuosas provocando saliências na pele sob a forma de nódulos . Podem apresentar-se de diversas formas:
1- Filiformes e avermelhadas, chamadas telangiectasias (vulgo derrames).
2- Um pouco maiores e azuladas mas sem fazer saliência na pele, conferindo-lhe um aspecto tipo mapa – varizes de médio calibre.
3- Nódulos volumosos, grossos e azulados, que ultrapassam o plano da pele – varizes de grosso calibre.
Normalmente, acometem mais as mulheres devido à influência das hormonas femininas e ao facto de terem menor massa muscular que os homens. A hereditariedade é também um factor importante na perturbação do refluxo venoso – se os pais ou familiares têm varizes, teremos uma probabilidade maior de as desenvolver. As pessoas obesas ou que tiveram várias gravidezes estão particularmente susceptíveis ao problema porque o excesso de peso dificulta a tarefa das veias; ou seja, quanto maior o volume da região abdominal, maior a obstrução ao fluxo venoso de retorno dos membros inferiores até ao coração.
Quais os sintomas característicos?
Os doentes podem experimentar um ou mais destes sintomas:
Dor; Cãibras; Sensação de peso; Cansaço; Formigueiro; Inchaço.
Alguns destes sintomas podem evoluir para complicações mais graves, incluindo:
inflamação (flebite); Formação de trombos (trombose venosa profunda);
Úlceras da perna com hemorragia.
Assim sendo, quais os factores mais importantes na prevenção?
Controlo adequado do peso. As pessoas obesas têm maior probabilidade de desenvolver varizes e/ou piorar as que já existem, tornando-as mais volumosas por aumento da tensão intra vascular, sendo que, complicação mais grave das varizes é, como se disse, o seu rebentamento, formando aquilo a que se chama vulgarmente ulcera varicosa. O controlo do peso é, portanto, fundamental na integridade dos vasos e na circulação sanguínea dos membros inferiores.
Evitar ficar por muito tempo na posição em pé ou sentada. Em qualquer destas posições existe maior dificuldade na circulação venosa de retorno dos membros inferiores e é justamente esta pressão aumentada dentro das veias, de forma continuada, que as faz dilatar. Em movimento, pelo contrário, os músculos funcionam como um coração periférico impulsionando o sangue para cima, evitando essa estase ou sobrecarga de sangue. Quando por motivos profissionais ou sociais for necessário ficar muito tempo parado, sentado, ou em pé, uma boa forma de o evitar é fazer movimentos periódicos de dorso-flexão como se carregássemos num acelerador varias vezes, ou, aproveitando um degrau, colocar a ponta dos dois pés no bordo do degrau e elevar o corpo repetidamente. Este movimento facilita o retorno venoso e a circulação dos membros inferiores por acção da contracção muscular.
Nas circunstâncias anteriormente descritas (permanecer muitas horas parado de pé ou sentado), e não havendo alternativa, é fortemente recomendável que se contrarie a necessidade persistente de posturas inadequadas com exercício físico diário, sendo que, o mais adequado é a caminhada, a corrida ou a natação, ou, de uma forma geral, o exercício aeróbico. Exercícios de alto impacto como levantamento de pesos podem agravar o problema. Faça pausas e repouse, sempre que possível, com as pernas elevadas. Se permanece sentado muito tempo, coloque um pequeno degrau por baixo dos pés para que as pernas façam ângulos de noventa graus. Não cruze as pernas.
Além do exercício, existindo uma forte tendência para a formação de varizes, o principal meio preventivo é, e sem dúvida, o uso de meias elásticas.
As meias elásticas agem desviando o sangue das veias superficiais, onde as varizes se formam, para as veias profundas (onde não existem varizes) facilitando assim a circulação do sangue no sentido ascendente. Devem ser usadas sempre que se preveja uma permanência de pé por várias horas e, principalmente, durante o tempo quente. Pelo Contrário, o uso de cintas elásticas gera tensão extra sobre os vasos periféricos das pernas, dificultando o retorno venoso o que pode aumentar a dilatação das veias ou o seu agravamento, caso o quadro já esteja instalado. O ideal é que, modo geral, peças que apertem fortemente as pernas ou as ancas, sejam evitadas.
Evitar a exposição a temperaturas altas por tempo prolongado, como saunas, banhos quentes e demorados, praia, sol directo nos horários de maior calor e sessões de bronzeamento. O calor favorece a dilatação das veias mais superficiais, permitindo a passagem de uma maior quantidade de sangue à superfície da pele, o que, com a continuação, torna essas veias habitualmente invisíveis, em vasos dilatados perfeitamente identificáveis e inestéticos.
Se for à praia, qual a atitude mais correcta? Se sentir as pernas quentes, deve entrar na água a cada 15 ou 20 minutos uma vez que o frio provoca contracção venosa melhorando a circulação. Esta prática, ou seja, passeios à beira da água fria ou mesmo duches de água fria em casa, é aconselhada também para pessoas já com varizes instaladas.
Evitar o uso de salto alto: o salto alto faz com que a musculatura da perna fique permanentemente contraída, perdendo o movimento rítmico, o que dificulta, também, a circulação venosa.
Evitar o uso da pílula se tiver problemas circulatórios, uma vez que as hormonas femininas tendem a provocar retenção de líquidos e a aumentar a pressão intravenosa e consequente inchaço e dilatação.
Concluindo, varizes dos membros inferiores são um problema efectivo de grande parte da população. Cerca de metade dos portugueses acima dos 50 anos e cerca de dois terços das mulheres com mais de 60 anos tem problemas relacionados com má circulação. Garantidamente, a melhor maneira de lidar com o problema é, sem dúvida, não fazer parte desta lista.
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