.......mais esclarecimentos sobre esta bactéria que me foi detectada. Sei pelo que li que quase 90% da população portuguesa está infectada com esta bactéria mas tenho a certeza que muito pouca gente está esclarecida e não faz qualquer tipo de exames de rastreio. tenho uma Gastrite crónica estou medicada e faltam 3 dias para acabar o tratamento...
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Recapitulando...
A bactéria Helicobacter pylori foi descoberta há varios anos e é hoje considerada um factor de risco para diversas doenças como a gastrite crónica e tida como responsável pela esmagadora maioria das úlceras gástricas. A Organização Mundial de Saúde, inclusive, considera, desde 1994, que a Helicobacter pylori é um carcinogéneo de tipo I, ou seja está fortemente correlacionada com o aparecimento de determinados tipos de cancro. Pensa-se que a infecção se faz a partir de alimentos, bebidas, ou saliva, e sabe-se que uma grande percentagem da população está infectada, embora na maioria dos casos não hajam sintomas. Calcula-se que abaixo dos 40 anos pelo menos 20% das pessoas estejam infectadas, subindo esse percentagem para mais de 50% nas pessoas com mais de 60 anos. No entanto, somente uma percentagem muito reduzida desenvolve alterações significativas da mucosa gastroduodenal. Por isso, a erradicação da bactéria só é fortemente recomendada quando associada àquelas patologias.
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Gastrite significa inflamação do estômago. A gastrite aguda é uma inflamação que se resolve em poucos dias: ou cura ou evolui para gastrite crónica.
Causas de gastrite aguda:
-Helicobacter pylori e outras bactérias, vírus, tóxicos...
-Álcool
-Anti-infamatórios não esteróides ( AINE )
-Stress grave
.O H. pylori, a ingestão de álcool ou de aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios são a causa mais frequente de gastrite aguda.O Helicobacter pylori causa uma gastrite aguda transitória, por isso mal conhecida, que poderá causar dor epigástrica, mal-estar, náuseas etc., mas que evolui em poucos dias para gastrite crónica.
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Diagnóstico
Actualmente existem disponíveis kits de diagnóstico da infecção por H.pylori através do ar expirado. Embora ainda não muito utilizados, são de extrema utilidade uma vez que não só ajudam no diagnóstico, com também orientam o tipo de tratamento a fazer.
Muitas vezes, sobretudo nos casos em que hajam hemorragias ou sintomas persistentes que não cedem ao tratamento inicial, o médico pede um exame endoscópico (endoscopia gástrica), em que, mediante a introdução pela boca de um tubo flexível de fibras ópticas, é não só possível ver o interior do esófago, estômago e duodeno com toda a fidelidade, como também se pode extrair uma amostra do tecido inflamado ou suspeito (biópsia).
Tratamento
Na maioria das vezes a gastrite cede a tratamentos simples mas que devem ser cumpridos rigorosamente:
Parar de fumar
Deixar de beber álcool, pelo menos temporariamente
Evitar alimentos agressivos como os ácidos (laranja, limão, ananás), gorduras, café, fermentos e todos os alimentos que normalmente desencadeiam mal estar e que muitas vezes variam de indivíduo para indivíduo.
Medicamentos que diminuem a acidez do estômago, como os anti-ácidos, muitas vezes associados a bloqueadores H2 (ranitidina, cimetidina, famotidina, nizatidina), ou inibidores da bomba de protões (omeprazole, pantoprazole, lansoprazole, etc.). A medicação será escolhida pelo médico em função do tipo de sintomas, gravidade, antecedentes, etc.
Estes tratamentos são geralmente muito eficazes, pelo que ao fim de alguns dias o doente já não tem sintomas. Muitas vezes isso pode levar a abandonar o tratamento. É preciso cuidados nesse aspecto, uma vez que assim se torna mais fácil a repetição da gastrite.
Se houver provas de que há uma infecção por H.pylori e os sintoma não cederem ao fim de uma ou duas semanas, deverá ser feito um tratamento com antibióticos para eliminar aquelas bactérias.
Em 70% - 80% dos casos o tratamento é eficaz. Quer isto dizer que em 20% a 30% dos doentes que fizeram tratamento, a bactéria, não é eliminada e, a recidiva da úlcera vai, muito provavelmente, acontecer nos dois anos imediatos. Se a úlcera voltar a aparecer deve fazer-se novo tratamento, utilizando uma associação de antibióticos diferente, ou fazendo terapêutica quádrupla: um anti-secretor e três antibióticos.
As medidas de prevenção, nomeadamente no que respeita ao tabaco, álcool e alimentação, devem continuar a ser cumpridas permanentemente.
Os doentes com patologia crónica do estômago - úlcera gástrica, gastrite crónica, anemia perniciosa, com pólipos gástricos e portadores de Helicobacter pylori devem ser alvo de uma vigilância apertada com consultas regulares e endoscopias sempre que se justifique.
Como informação adicional e sem querer assustar,
Só desta forma se reduzirá a elevada mortalidade que este cancro provoca no nosso país.
O desenvolvimento deste cancro é muito silencioso pelo que, de início, é frequentemente assintomático. Desta forma não se deve atrasar a procura de um médico quando há qualquer das queixas referidas nos sintomas.Pessoas mais predispostas:
Os homens, particularmente a partir da 5ª década de vida.
Pessoas que fazem uma ingestão abundante de fumados(em determinadas regiões, como as Beiras) e salgados não compensados por alimentação rica em vegetais e frutos.
Indivíduos com história familiar de cancro do estômago.
Indivíduos com grupo sanguíneo A.
Portadores de patologia crónica do estômago.
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Recapitulando...
A bactéria Helicobacter pylori foi descoberta há varios anos e é hoje considerada um factor de risco para diversas doenças como a gastrite crónica e tida como responsável pela esmagadora maioria das úlceras gástricas. A Organização Mundial de Saúde, inclusive, considera, desde 1994, que a Helicobacter pylori é um carcinogéneo de tipo I, ou seja está fortemente correlacionada com o aparecimento de determinados tipos de cancro. Pensa-se que a infecção se faz a partir de alimentos, bebidas, ou saliva, e sabe-se que uma grande percentagem da população está infectada, embora na maioria dos casos não hajam sintomas. Calcula-se que abaixo dos 40 anos pelo menos 20% das pessoas estejam infectadas, subindo esse percentagem para mais de 50% nas pessoas com mais de 60 anos. No entanto, somente uma percentagem muito reduzida desenvolve alterações significativas da mucosa gastroduodenal. Por isso, a erradicação da bactéria só é fortemente recomendada quando associada àquelas patologias.
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Gastrite significa inflamação do estômago. A gastrite aguda é uma inflamação que se resolve em poucos dias: ou cura ou evolui para gastrite crónica.
Causas de gastrite aguda:
-Helicobacter pylori e outras bactérias, vírus, tóxicos...
-Álcool
-Anti-infamatórios não esteróides ( AINE )
-Stress grave
.O H. pylori, a ingestão de álcool ou de aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios são a causa mais frequente de gastrite aguda.O Helicobacter pylori causa uma gastrite aguda transitória, por isso mal conhecida, que poderá causar dor epigástrica, mal-estar, náuseas etc., mas que evolui em poucos dias para gastrite crónica.
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Diagnóstico
Actualmente existem disponíveis kits de diagnóstico da infecção por H.pylori através do ar expirado. Embora ainda não muito utilizados, são de extrema utilidade uma vez que não só ajudam no diagnóstico, com também orientam o tipo de tratamento a fazer.
Muitas vezes, sobretudo nos casos em que hajam hemorragias ou sintomas persistentes que não cedem ao tratamento inicial, o médico pede um exame endoscópico (endoscopia gástrica), em que, mediante a introdução pela boca de um tubo flexível de fibras ópticas, é não só possível ver o interior do esófago, estômago e duodeno com toda a fidelidade, como também se pode extrair uma amostra do tecido inflamado ou suspeito (biópsia).
Tratamento
Na maioria das vezes a gastrite cede a tratamentos simples mas que devem ser cumpridos rigorosamente:
Parar de fumar
Deixar de beber álcool, pelo menos temporariamente
Evitar alimentos agressivos como os ácidos (laranja, limão, ananás), gorduras, café, fermentos e todos os alimentos que normalmente desencadeiam mal estar e que muitas vezes variam de indivíduo para indivíduo.
Medicamentos que diminuem a acidez do estômago, como os anti-ácidos, muitas vezes associados a bloqueadores H2 (ranitidina, cimetidina, famotidina, nizatidina), ou inibidores da bomba de protões (omeprazole, pantoprazole, lansoprazole, etc.). A medicação será escolhida pelo médico em função do tipo de sintomas, gravidade, antecedentes, etc.
Estes tratamentos são geralmente muito eficazes, pelo que ao fim de alguns dias o doente já não tem sintomas. Muitas vezes isso pode levar a abandonar o tratamento. É preciso cuidados nesse aspecto, uma vez que assim se torna mais fácil a repetição da gastrite.
Se houver provas de que há uma infecção por H.pylori e os sintoma não cederem ao fim de uma ou duas semanas, deverá ser feito um tratamento com antibióticos para eliminar aquelas bactérias.
Em 70% - 80% dos casos o tratamento é eficaz. Quer isto dizer que em 20% a 30% dos doentes que fizeram tratamento, a bactéria, não é eliminada e, a recidiva da úlcera vai, muito provavelmente, acontecer nos dois anos imediatos. Se a úlcera voltar a aparecer deve fazer-se novo tratamento, utilizando uma associação de antibióticos diferente, ou fazendo terapêutica quádrupla: um anti-secretor e três antibióticos.
As medidas de prevenção, nomeadamente no que respeita ao tabaco, álcool e alimentação, devem continuar a ser cumpridas permanentemente.
Os doentes com patologia crónica do estômago - úlcera gástrica, gastrite crónica, anemia perniciosa, com pólipos gástricos e portadores de Helicobacter pylori devem ser alvo de uma vigilância apertada com consultas regulares e endoscopias sempre que se justifique.
Como informação adicional e sem querer assustar,
Só desta forma se reduzirá a elevada mortalidade que este cancro provoca no nosso país.
O desenvolvimento deste cancro é muito silencioso pelo que, de início, é frequentemente assintomático. Desta forma não se deve atrasar a procura de um médico quando há qualquer das queixas referidas nos sintomas.Pessoas mais predispostas:
Os homens, particularmente a partir da 5ª década de vida.
Pessoas que fazem uma ingestão abundante de fumados(em determinadas regiões, como as Beiras) e salgados não compensados por alimentação rica em vegetais e frutos.
Indivíduos com história familiar de cancro do estômago.
Indivíduos com grupo sanguíneo A.
Portadores de patologia crónica do estômago.
Contra Capa
8 comments:
Porque é que os do grupo sanguíneo A são mais vulneráveis? Não, não sou A. Sou B-, mas estou casada com um A.
Obrigada e beijinho
Maloud, não é só...mas
O grupo sanguíneo A está associado à incidência mais alta de cancro gástrico até mesmo nas áreas do mundo onde ele é raro. Tal facto e o aumento de 3 vezes na incidência em parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) levantaram a possibilidade de um componente genético....
mais nao lhe sei dizer :/
beijinho
Obrigada amiga.
Nada como uma médica para nos esclarecer mais e melhor.
Um beijo enorme.
olha o meu amigo helicobater pylori, já o conheci, Cristina, e também já o despachei!!!mas só foi detectado com a endoscopia!
excelente post! a maoir parte das pessoas ignoram a sua existência!
inês
Olá!
Sou estudante de medicina 2º ano e acabei de saber que também tenho H. pilory a viver no meu estomago.
Fiquei um pouco nervosa e sem saber o que fazer...apesar de os tratamentos serem de 80% probabilidade de cura... mas sobrtudo preocupada por ser tão nova e já ter uma gastrite tão avançada! as complicações que estas inflamações podem trazer estão de algum modo relacionadas com a idade do portador ?
Muito Obrigada
Rita Ataíde
O meu marido soube ontem que tem gastrite crónica com a presença do H.pylori. Ele é do grupo sanguíneo A negativo e eu sou A positivo. Já estou preocupada, será que devo fazer endóscopia, quais são os sintomas?
Aguardo resposta.
Obrigada.
Maria Vaz
não Maria, isso não é uma doença infecciosa. o seu marido trata-se e fica o caso resolvido :)
beijos
Expliquei-me mal, não estou preocupada com o contágio do meu marido, mas sim, pelo facto de ser do grupo sanguíneo A, uma vez que refere que há maior incidência neste grupo sanguíneo.
Mais uma vez obrigada.
Bjs.
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